Os manifestantes que protagonizaram cenas de vandalismo no centro do Rio de Janeiro após o quinto ato contra o aumento da tarifa de ônibus, que reuniu mais de cem mil pessoas, nesta segunda-feira (17), deixaram um rastro de destruição nas ruas próximas à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Agências bancárias e lojas foram quebradas e saqueadas.
Na rua da Assembleia, pelo menos cinco agências bancárias foram totalmente destruídas. Os atos de vandalismo não ficaram apenas na destruição dos vidros das fachadas dos prédios. Um grupo pichou as paredes com palavras de ordem, arrancou mesas e cadeiras, destruiu os caixas eletrônicos e ainda colocou parte do mobiliário no meio da rua.
Várias lojas comerciais foram arrombadas, um carro estacionado na Rua da Assembleia foi completamente destruído, pichado e teve as portas amassadas. Vários bares e restaurantes foram obrigados a fechar as portas rapidamente, com medo de depredações.
Na rua São José, em frente à Alerj, um homem ficou preso no segundo andar de um estacionamento, e viu toda a ação de um grupo de cerca de 50 pessoas. "Eles entravam e saíam das lojas à vontade. Das 19h30 às 22h, não tinha policiamento. Eles tiveram tempo de agir, não estavam sendo reprimidos. Foi terrível de ver. A rua virou uma praça de saque", contou ele, que preferiu não se identificar.
"Se a Tropa de Choque tivesse vindo antes, não teria acontecido. Vi eles saindo com TVs de LCD, malas novas. Chocante", completou.
Algumas barricadas de material plástico colocadas pela PM em frente às escadarias da Assembleia Legislativa foram arrastadas pela multidão até a esquina da Rua da Assembleia, que fica cerca de cem metros de distância, e muitas delas foram incendiadas.
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